Renata Colombo
Uma portaria assinada nesta quinta-feira em Brasília instituiu a Comissão Interministerial de Enfrentamento à Violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). O termo de compromisso foi assinado pela ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Ideli Salvatti, o titular da secretaria-geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, além de representantes do ministério da Justiça e de Políticas para as Mulheres.
Uma das primeiras medidas para intensificar o acompanhamento dos casos de violência LGBT é na área da saúde. Em no máximo seis meses os questionários aplicados a vítimas de violência atendidas em hospitais vão conter perguntas sobre a orientação e o gênero sexual do paciente.
Esta triagem já auxilia no mapeamento de doenças como HIV e dengue. Os questionários pedem informações como idade, nome, endereço, histórico de doenças, e a partir da portaria, vão pedir também a orientação sexual para saber se o paciente se considera homo ou heterossexual, além do gênero, para saber se ele é travesti ou transexual, por exemplo.
Segundo o ministro Arthur Chioro, as informações ficarão disponíveis no sistema integrado do governo federal, que pode acompanhar se há crescimento ou diminuição do número de casos, além dos locais onde há maior registro de violência contra LGBT. Ainda não foi definida a periodicidade das ações e reuniões da comissão.
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