Cristiano Goulart
Treze pessoas viram réus na fraude do leite no Rio Grande do Sul. A Justiça de Guaporé aceitou a denúncia contra dois empresários suspeitos de envolvimento na fraude do leite no Rio Grande do Sul. Em Ibirubá, o juiz Ralph Moraes Langanke, transformou em réu onze dos doze denunciados pelo Ministério Público. O empresário Arcídio Cavalli teve a acusação negada porque, no entendimento do juiz, não há indícios suficientes que comprovem a participação dele no esquema. O promotor de Justiça Mauro Rochemback afirma que o Ministério Público recorrerá da decisão:
- Não pelo fato dele ser o dono da rádio em que os criminosos se comunicavam, de ter adquirido uma grande quantidade de ureia ou de ser sócio da transportadora que era utilizada para transportar leite fraudado ou adulterado. Para nós, há indícios suficientes da participação dele no crime - ressalta.
Entenda o Caso
Nove pessoas foram presas na Operação Leite Compen$ado, realizada pelo Ministério Público (MP) no interior do Rio Grande do Sul. No início do ano, foi descoberta uma fraude que pode causar problemas de saúde. De acordo com os promotores, atravessadores adicionavam ureia no leite para mascarar a adição de água durante o transporte entre a propriedade rural e as indústrias. As análises comprovaram a presença de formol, substância cancerígena. A operação foi realizada nas regiões de Horizontina, Ibirubá e Guaporé. Está proibida a comercialização de leite de vários lotes de sete marcas: Hollmann, Goolac, Só Milk, Italac, Líder, Mumu e Latvida.
Desde que o Ministério Público denunciou a fraude no Rio Grande do Sul, o Ministério da Agricultura já solicitou amostras de leite de 66 indústrias de 13 estados brasileiros. Os resultados dos exames que irão detectar se há formol e ureia no produto deve ser apresentado nesta semana.
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