Kathlyn Moreira
O governo de José Ivo Sartori conta agora com o apoio do PSB nos projetos de aumento do ICMS. A decisão foi definida em reunião do Diretório Estadual do partido na tarde deste sábado (12). A crise enfrentada pelo Estado motivou a decisão, de acordo com Miki Breier, que é o atual secretário estadual do Trabalho e Desenvolvimento Social do governo.
"Mesmo sendo contrário ao aumento de impostos, agora o PSB precisa pensar no futuro do Estado. Quer dizer garantir a folha de pagamento, garantir que o Estado possa ter serviços de qualidade a partir do ano que vem, então a manifestação é favorável".
Miki, que se elegeu deputado estadual pelo PSB e está licenciado para atuar no Executivo, também sugere alternativas para complementar o aumento de impostos.
"Vamos propor ao governo a venda da folha de pagamentos, leilão da dívida e uma nova proposta com agilidade do governo nos processos internos".
A votação do texto está prevista para o dia 22 de setembro. No entanto, outros aliados ainda estão divididos. Dentro do PDT e do PP tem crescido o apoio à inclusão de emenda que estipule um prazo determinado para a vigência do aumento de diversas faixas do imposto, que poderia ser de três ou quatro anos.
O PMDB trabalha para que o projeto seja aprovado da forma como foi construído pelo Piratini, embora o líder do governo, Alexandre Postal, admita que há discussão sobre possível mudanças com relação à limitação do prazo. O assunto deve dominar a reunião marcada para segunda-feira (14) entre base aliada e governo.